
No dia 20 de junho, os integrantes da S.L.E.P. se reuniram, virtualmente, para discutir a obra “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente”, de Igor Pires da Silva. O livro é constituído por textos escritos no formato prosa poética, publicados, inicialmente, em redes sociais (Facebook e Instagram) e vinculados ao projeto homônimo (TCD), no qual cinco pessoas – Giovanna Freire, Igor Pires, Jéssica Ferreira, Júlia Rabêlo e Yasmin Vieira – compartilham suas impressões sobre o processo para “curar-se de algo ou de alguém”.
Na discussão, os leitores trouxeram à baila, em um primeiro momento, reflexões a respeito da publicação na versão impressa de textos de fácil acesso virtualmente, conforme mostram os excertos seguintes:
Leitora 1: Talvez no livro as pessoas vejam tudo com mais emoção e muitas vezes nas redes sociais as pessoas passam por sentimentos verdadeiros despercebidos.
Leitora 2: Acho que transformar em livro dá um sentido diferente às coisas, mesmo que elas já estejam a nosso acesso facilmente. Só de estar em um compilado, a gente lê de outra forma, acredito que a necessidade de transformar em livro vá de cada autor. […] e outra coisa que acho legal é que, mesmo sendo uma página de sucesso e já tendo os textos online, eu nunca tinha lido antes. […] então, de certa forma, eles alcançam mais um público, né?
Ainda no que diz respeito à publicação da obra, mais especificamente à autoria dos textos, questionou-se a autoria atribuída, de forma exclusiva, ao Igor Silva, uma vez que o coletivo literário TCD é composto por mais quatro escritoras e os textos, formados por eu líricos femininos e masculinos. Uma terceira leitora da S.L.E.P. realizou, então, uma pesquisa e descobriu que os textos do livro foram produzidos, especificamente, por Igor Silva, socializando sua descoberta com os demais.
Além disso, os leitores abordaram, com maior ênfase, o tema mais recorrente nos textos: o fim de relacionamento. Paralelamente a ele, outros pontos foram problematizados, tais como insegurança, reciprocidade, amor romântico e amor próprio. Alguns integrantes aproveitaram para compartilhar canções relacionadas aos textos, como “Dói sem tanto”, da Anavitória, e “Cuidado paixão”, da Letrux. Uma aluna quadrinista do Campus Ceará-Mirim também se sentiu à vontade para compartilhar com o grupo uma de suas tirinhas, a qual pode ser visualizada no perfil de instagram abaixo.
Durante a discussão, os leitores tiveram a oportunidade de destacar os textos com os quais se identificaram, bem como as ilustrações que mais chamaram sua atenção. Encerramos este post com a avaliação de duas alunas a respeito da obra escolhida:
Leitora 4: Eu gostei do tom poético tanto nos textos quanto nas ilustrações. é um livro q dá mto gatilho, porém, a meu ver, todos os textinhos têm uma mensagem mto importante q CE pode tirar deles.
Leitora 5: Eu me sento abraçada em muitos textos/ a realidade das paixões e do amor/ que mesmo quando existe isso, pessoas podem ir embora/ sobre a dor da parida/ eu tive a impressão de que o livro disse do início ao fim “tudo bem sentir”/ e isso foi tão bom/ gostei demais.
O próximo livro, escolhido por enquete, a ser lido pelos integrantes do Clube será “Ideias para adiar o fim do mundo”, do pensador indígena Ailton Krenak.